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Política
Quarta - 04 de Agosto de 2010 às 16:18
Por: Sissy Cambuim

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Candidato a vice-governador ao lado do ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB), o deputado estadual Dilceu Dal Bosco (DEM) atacou o setor da saúde no Estado. “Esse modelo não serve mais. É a mesma coisa que juntar o dinheiro, pôr fogo e queimar tudo”, declarou em entrevista ao programa Cidade Independente nesta quinta (3).

   Ele assegura que, como deputado, apresentou dados ao governador Silval Barbosa (PMDB) sugerindo a migração para uma nova forma de gerir a pasta. “O Estado investiu R$ 700 mil para a realização de 4,4 mil exames pela rede complementar, mas desembolsou quase R$ 3 milhões para a realização do mesmo serviço. Esta conta está errada”, explicou. De acordo com Dilceu, o governo deveria, gradualmente, contratar os serviços da rede complementar (hospitais filantópicos e privados).

   “Quando eu levei esses dados, falei da mudança de gestão migrando gradualmente para esse sistema e em nenhum momento falei em aumento de orçamento”, destacou. “Ficam correndo atrás do rabo, reclamando que não tem isso, não tem aquilo, não tem orçamento, mas não param para pensar que o que tem que mudar é a forma de administrar”, reclamou.

   Para Dilceu, há falta de vontade política em assumir o desafio de quebrar paradigmas como contratos com fornecedores. O candidato a vice-governador ainda destacou que o problema do Estado é não levar a saúde aos municípios. “Descarregam os problemas aqui na Capital, onde não tem nenhuma estrutura do Estado”, comentou. “Inclusive, eu sou uma das pessoas que provocam isso, pois quando ajudo um morador de Colniza, por exemplo, que não tem atendimento em sua cidade, acabo trazendo pra cá”, completou.

   A saúde tem sido o "calcanhar de Aquiles" nas campanhas de Wilson e de Silval - veja aqui. O primeiro recebe críticas devido às condições do Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC), que chegou a ser comparado a um campo de concentração por seus adversários, mas rebate dizendo que a responsabilidade é do peemedebista e de seu antecesssor, o ex-governador Blairo Maggi (PR), por utilizar, segundo o tucano, uma prática apelidada de “ambulancioterapia”.

   Dilceu, por sua vez, reforça o discurso de Wilson dizendo que conhece a realidade dos municípios da região Norte e sabe o que tem que ser feito. “Você acha que uma mulher tem que sair do município para dar à luz? Que um trabalhador tem que ir pra outra cidade quando quebra um braço?” questionou. “É mais barato dar uma sala de radiografia do que uma ambulância. Fazer saúde é ajudar a prefeitura a pagar um médico que não quer ir trabalhar nas cidades mais distantes”, concluiu.





Fonte: Red News

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