Investimento em infraestrutura, instalação de novas varas, contração de peritos e estagiários será revisto.
Orçamento da Justiça do Trabalho em Mato Grosso sofre corte de 37%

No início do ano o TRT de Mato Grosso encaminhou sua proposta orçamentária para 2011. Excluindo-se a despesa com pessoal, o orçado ficou em aproximadamente R$ 26 milhões, para cobrir as despesas de custeio (material de consumo, energia, correios etc.) e de investimentos (mobiliário, equipamentos, veículos etc.).

Na proposta constou, dentre outras importantes ações, recursos para resolver o problema do sistema de ar condicionado e a instalação de mais um elevador no prédio das varas do trabalho da Capital.

Agora, no início de agosto, o Tribunal recebeu os limites definidos pela Secretaria do Orçamento Federal (SOF), órgão do Poder Executivo e o valor é bem aquém das necessidades, algo em torno de 14,3 milhões de reais. Um corte de cerca de 37%.

Assim, a Administração do TRT teve que fazer profundos ajustes, mantendo-se apenas o mínimo necessário para o regular funcionamento das unidades.

A verba destinada a investimentos ficou bastante prejudicada. A instalação de novas varas vai depender de economias obtidas ao longo do ano e de suplementações orçamentárias.

O orçamento destinado ao pagamento de peritos, que são os valores que a União cobre referente à justiça gratuita, também foi bastante reduzido. O orçamento inicial previa cerca de R$ 768 mil. Após a adequação aos limites esse valor foi reduzido para apenas R$ 387 mil.

O presidente do Tribunal, desembargador Osmair Couto, reuniu na última segunda-feira (2 de agosto) o Comitê de Orçamento para definir os ajustes a serem feitos e tentar minimizar os efeitos dos cortes.

Ficou escalada uma comissão que vai estudar os contratos com os correios, visando diminuir as despesas postais que foram estimadas em R$ 573 mil. Também os gastos com segurança, cerca de R$ 1,5 milhão de reais e contratação de estagiários, R$ 870 mil, deverão ser redefinidos.