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Política
Sábado - 04 de Setembro de 2010 às 21:57

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No diretório municipal do PT, em Mauá, na grande São Paulo, foi entregue a ficha de filiação do contador Antonio Carlos Atella Ferreira.

Neste sábado (4), em nota oficial, o PT confirmou que Atella apresentou, em outubro de 2003, uma proposta de filiação. Diz que no pedido encaminhado a Justiça Eleitoral, o nome foi grafado de forma incorreta, escrito como Antonio Carlos Atelka Ferreira.
Segundo o PT, como os sobrenomes eram diferentes, a Justiça Eleitoral deixou de efetivar o registro de filiação.

Mas o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo dá outra informação. Procurado neste sábado (4), o TRE confirmou o que disse na última sexta-feira (09).

Em 2003, um registro no cadastro da Justiça Eleitoral de uma comunicação de filiação ao PT em nome de Antonio Carlos Atella Ferreira. E confirmou também que a filiação do contador ganhou o status de excluída do cadastro do Tribunal em 2009.

No fim da tarde deste sábado (4), o presidente do diretório do PT de Mauá, divulgou uma outra nota dizendo que existem mais de doze mil filiados na cidade, e não tem controle de quem procura o diretório requerendo filiação. E afirmou que, como o contador jamais procurou o partido para corrigir o erro no nome, e como jamais cumpriu nenhuma obrigação de militante, ou participou de atividade partidária para o PT, a filiação jamais se concretizou.

A outra informação sobre o contador foi dada neste sábado (4) pelo jornal Folha de São Paulo. Ele é cunhado de João Primo, fundador do PT de Mauá. O presidente estadual do PT, Edinho Silva, confirmou a informação.

“O cunhado dele foi fundador do PT de Mauá, é um militante do partido dos trabalhadores” confirmou Edinho, que garantiu que o contador nunca foi um militante do partido.

“Ele nunca participou em nenhuma atividade do PT, nunca cumpriu com as obrigações que um filiado tem que cumprir, nunca participou de nenhuma atividade do partido dos trabalhadores”, disse.

Em entrevista ao repórter César Tralli, o contador Atella admitiu ter usado uma procuração falsa para conseguir uma cópia da declaração de imposto de renda de Verônica Serra, em setembro de 2009. Ela é filha de José Serra, candidato do PSDB à presidência.

Neste sábado (4), num comício, em São Paulo, o presidente Lula minimizou a questão do vazamento.

“Ninguém precisa ficar dizendo aqui estão descobrindo o sigilo não sei de quem, cadê esse tal de sigilo que não apareceu até agora? cadê? cadê o vazamento das informações? quando as pessoas começam a mentir descaradamente, quando as pessoas começam a procurar alguém pra responsabilizar pelo seu fracasso aí a coisa não fica bem”, disse o presidente.

Líderes dos partidos que apóiam a candidatura de José Serra convocaram uma coletiva, neste sábado (04), em São Paulo, para mais uma vez cobrar investigação rigorosa sobre a quebra de sigilo.

“A primeira indagação que eu faço para aqueles que tentam excluir a hipótese de motivação política, de interesse eleitoral, Verônica Serra teria o seu sigilo fiscal violado não fosse ela filha do candidato a presidência da republica José Serra?”, disse.
A coordenação da campanha do candidato José Serra anunciou, para segunda-feira (06), uma nova medida contra a quebra de sigilo fiscal. A coligação vai pedir ao Ministério Público Eleitoral uma investigação para apurar se o crime tem motivação eleitoral.
Já a Procuradoria Geral da República receberá uma representação contra o secretário geral e o corregedor da Receita Federal. A acusação é de improbidade administrativa.
 





Fonte: Do G1

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