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Saúde
Quinta - 23 de Dezembro de 2010 às 19:39

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Mato Grosso deve uma redução de mais de 60% nos casos de malária no período de 2005 a 2009, passando de 8.437 casos para 3.273. Essa queda acompanha o que aconteceu no Brasil com relação ao controle da doença. Em todo o país, o número de casos caiu pela metade, passando de 607.801 para 306.908. Também foi observada redução semelhante, de 52,5%, no número de mortes: de 122 para 58.

Os números fazem parte de um balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, que também aponta queda na taxa de incidência de malária, de 25,6 casos por mil habitantes para 12,1 – entre 2005 e 2009. São números positivos, mas o coordenador do Programa Nacional de Controle da Malária do Ministério da Saúde, José Ladislau, destaca que ainda é preciso melhorar a política de recursos humanos e o sistema de informações, monitoramento e avaliação nas áreas endêmicas.

Ampliar a rede de diagnóstico e integrá-la com a atenção primária, identificar novos tratamentos e uma vacina contra malária e reforçar a mobilização política, intersetorial e comunitária também são apontados como desafios.

Amazônia Legal

No Brasil, a quase totalidade dos casos de malária (98%) concentra-se nos estados da Amazônia Legal. Em 2009, dois estados responderam por 64,6% dos casos da doença: Pará (99.531) e Amazonas (98.869). E quatro municípios concentraram 77.333 casos, o equivalente a 25,1% do total – Anajás (AM/26.021), Porto Velho (RO/20.209), Manaus (AM/16.423) e Cruzeiro do Sul (AC/14.680).

Em 2010, começou a ser executado o Projeto para Prevenção e Controle da Malária na Amazônia Brasileira, com investimento de R$ 100 milhões em 47 municípios de seis estados. Os recursos são do Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária e vão contribuir para fortalecer a capacidade dos serviços de saúde; melhorar o diagnóstico, o tratamento, a distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticidas para proteger as residências; promover treinamento e mobilização da comunidade, entre outros objetivos.

A Fundação de Medicina Tropical do Amazonas e a Fundação Faculdade de Medicina são responsáveis pelo gerenciamento administrativo e financeiro do projeto e pela execução de todas as ações. A meta é reduzir em 50% os casos de malária nesses 47 municípios – responsáveis pela transmissão de quase 70% dos casos da doença no Brasil, nos últimos anos. O plano estima uma diminuição gradativa no total de casos, com a previsão de que eles caiam para pouco mais de 150 mil até 2015 – um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

A doença

A malária é uma doença infecciosa, causada por um parasita do gênero plasmodium. A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles. Os principais sintomas são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. Em geral, os doentes sentem dores no abdômen e nas costas, tontura, náuseas e vômitos. Gestantes, crianças e pessoas infectadas pela primeira vez estão mais sujeitas às formas graves. Quem tem malária uma vez pode ser infectado sucessivas vezes.

O tratamento é fornecido exclusivamente na rede pública de saúde. Se não for tratado rapidamente, o paciente pode desenvolver formas graves da doença, aumentando as chances de morte. Em geral, faixas etárias mais jovens (0 a 29 anos) são as mais afetadas pela doença e aproximadamente 60% dos casos ocorrem em áreas rurais.

Como não existe vacina, a melhor forma de prevenção, para as pessoas que moram nas áreas endêmicas, são as medidas de proteção individual contra picadas de mosquito: uso de telas em portas e janelas, uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas e uso de repelentes (sob orientação de profissional de saúde).
 





Fonte: TVCA

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