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Política
Quarta - 06 de Abril de 2011 às 16:17

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O secretário-geral da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, defendeu nesta quarta-feira a demissão do ex-procurador-geral do DF Leonardo Bandarra e da promotora Deborah Guerner.

O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) analisa a suposta participação dos dois no esquema do mensalão do DEM.

"As provas contra os promotores, envolvidos no escândalo do mensalão do DEM, são claras e inequívocas quanto ao envolvimento na quebra de sigilo funcional e tentativa de extorsão do ex-governador José Roberto Arruda", afirmou o advogado durante a sustentação oral.

Antes dele, o conselheiro Luiz Moreira, relator do caso, votou pela abertura de ação judicial para demissão de ambos.

Antes do voto do relator, Deborah criticou aos gritos a apuração.

"Onde estão os políticos? Cadê a denúncia do mensalão do DEM", gritou, de forma audível a quem estava do lado de fora da sala em que a sessão ocorre.

Ela e Bandarra negam ter recebido propina do esquema, que derrubou o então governador José Roberto Arruda.

Antes de deixar o conselho, Deborah disse que não há nada contra ela. "Tudo é baseado na palavra de dois bandidos."

A defesa da promotora alegou insanidade mental para retirá-la do julgamento do caso, mas foi lido um laudo pericial atestando que ela tem controle de suas emoções.

ENTENDA O CASO

O esquema de coleta e distribuição de propinas, descoberto em operação da Polícia Federal em novembro de 2009, derrubou nos meses seguintes deputados distritais, o então governador José Roberto Arruda e secretários de governo em Brasília.

O caso voltou a ganhar força em março deste ano depois da divulgação do vídeo em que a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN), filha do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, aparece recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa.

No vídeo, Jaqueline aparece com o marido com adesivos de campanha de 2006, quando saiu candidata e foi eleita deputada distrital. O marido abre a mochila e Durval Barbosa coloca maços com notas de R$ 50. Após a entrega do dinheiro, Jaqueline pede mais verba. "Você vê possibilidade de aumentar isso?", diz.

Em dezembro do ano passado, o CNMP decidiu afastar Bandarra, e Deborah Guerner até o fim das investigações.

Eles são acusados de não exercerem suas funções administrativas em troca de propina paga pelo esquema organizado pelo ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Existem filmagens e ligações telefônicas entre os dois.

Segundo o delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, Bandarra recebeu do esquema R$ 1,6 milhão, além de mesada de R$ 150 mil, para impedir que os contratos sem licitação para a coleta de lixo fossem investigados. 






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