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Política
Domingo - 10 de Abril de 2011 às 12:13
Por: Laura Nabuco

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O relatório final da CPI da Saúde, que já dura 18 meses, deve ser entregue à Assembleia ainda esta semana. "Vamos marcar uma reunião com o colégio de líderes para esta terça (12) provavelmente", garante o deputado Walace Guimarães (PMDB), relator do processo. Segundo ele, a demora na conclusão dos trabalhos ocorreu porque a comissão encontrou dificuldades para ter acesso a algumas informações. "As secretarias de Saúde do Estado e de Cuiabá não possuem um banco de dados com o que foi comprado", revela.

Walace conta que auditores do próprio Tribunal de Contas do Estado (TCE) foram convocados para buscar as informações necessárias dentro das secretarias, mas mesmo assim não obtiveram resultados. "A parte contábil não tinha 100% dos dados para nos dar precisão do que foi repassado e gasto". Apesar disso, ele confirma as declarações do secretário de Saúde, Pedro Henry (PP), e reforça que o Estado realmente gasta mal neste setor. "O que foi detectado é que o investimento é insuficiente e que aquilo que é investido ainda é mal administrado", conta.

O parlamentar, contudo, não acredita que a ausência de dados nas pastas seja uma tentativa de esconder qualquer irregularidade. "Nós não queriamos detectar falhas, mas sim apontar os problemas. Esse caso da falta de informações vai ser colocado no relatório e apreciado pelo colégio de líderes para ver o que será feito à respeito", afirma.

Outro fator que prejudicou a atuação da comissão, segundo Walace, foi a perda do objetivo inicial. "O foco da CPI foi desvirtuado. Inicialmente nós queriamos detectar se a verba que o Estado repassa para Cuiabá é suficiente, mas acabamos investigando Mato Grosso inteiro, o que de certa forma fez demorar ainda mais", pondera.

A CPI da Saúde foi instaurada na Assembleia em outubro de 2009, após a greve dos médicos do Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá, que gerou uma das maiores crises da Saúde no Estado. O presidente da comissão, deputado Sérgio Ricardo (PR), chegou a considerar a possibilidade da CPI ser permanente, visto que ela investiga ao menos 50 anos de problemas no setor.





Fonte: RD News

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