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Educação
Domingo - 09 de Outubro de 2011 às 10:20
Por: Priscilla Vilela

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Priscilla Vilela/OD

A falta de investimento na educação pública tem fomentado o debate entre os estudantes da rede sobre a instalação das polêmicas cotas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Com pouca verba investida na educação e falta de estrutura nas escolas, conforme aponta o próprio Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de MT (Sintep), as cotas tem sido amplamente defendidas por aqueles que sentem na pele a deficiência, os estudantes.

A decisão sobre as cotas foi adiada pela UFMT nesta semana e deve ser decidida somente no dia 30 de outubro. Até lá, os alunos da rede pública como Bryan Vinícius, do colégio Presidente Médici em Cuiabá, argumenta que a medida tem que ser instalada em Mato Grosso, devido a disparidade entre o ensino público e privado do estado. “Os estudantes das escolas particulares e públicas não tem a mesma oportunidade”, argumenta.

O jovem afirma ainda que se um aluno da rede privada tira a mesma nota que um da pública no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o primeiro merece mais, já que não tem o conforto das salas de aula dos colégios particulares, com ar-condicionado e professores disponíveis a todo o momento.

Já Larissa da Silva Gomes, declara que apesar da discussão girar entorno dos a favor das cotas e contra, não há nenhum embate. “Não estamos contra ninguém, queremos apenas os nossos direitos”, destaca.

Paulo Roberto Andrade, diretor do Colégio Master, ressalta que independente das cotas serem ou não instaladas na instituição, o que não pode haver é a implantação de um sistema que afeta toda a sociedade sem nenhuma discussão.

“Isso não pode ser aprovado às escuras”, ressaltou ao Olhar Direto. Porém, o discurso do educador é rebatido pelos estudantes das escolas públicas, que afirma que querem a discussão do assunto porque os ‘particulares’ não “querem ver aluno de escola pública na universidade”.

Entenda

A reitora Maria Lúcia Cavalli Neder apresentou ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) a proposta de criação de um banco de cotas destinado aos alunos da rede pública, em uma proporção de 30% inicial, podendo ser aumentado gradativamente a até 50% até 2014. Se aprovado, a medida deve valer a partir deste Enem, que atualmente concentra 100% das vagas de todos os cursos da universidade.
 






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