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Política
Sexta - 15 de Junho de 2012 às 06:37

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A Justiça de Brasília condenou nesta quinta-feira o segundo envolvido na operação Caixa de Pandora, em que a Polícia Federal investigou o suposto pagamento de propina à base aliada do governo do Distrito Federal na gestão do ex-governador José Roberto Arruda -- o escândalo conhecido como mensalão do DEM.

O ex-deputado distrital Júnior Brunelli, que protagonizou a oração da propina, foi condenado a pagar ao todo R$ 3 milhões aos cofres públicos: R$ 400 mil a serem devolvidos ao erário, além de multa de RS 1,2 milhões e danos morais de R$ 1,4 milhões à sociedade.

Ex-deputada distrital é condenada a pagar mais de R$ 3 milhões
Deputado da "oração da propina" é considerado foragido da polícia


Os valores serão corrigidos monetariamente. Brunelli também perdeu os direitos políticos por dez anos e ficou proibido de contratar com o poder público por período igual. Ainda cabe recurso da decisão.

A sentença da 2ª Vara da Fazenda Pública do DF não libera o ex-deputado de responder a ações criminais. As condenações se referem a ações ajuizadas pelo Ministério Público do Distrito Federal, com base em relatos e vídeos feitos pelo ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa, delator da organização desbaratada pela Caixa de Pandora.

Segundo Barbosa, alguns políticos eram cooptados pelo pagamento mensal de propina, em troca de apoio legislativo aos interesses de autoridades do Executivo no DF.

Brunelli ficou conhecido como o deputado da oração da propina do mensalão do DEM, depois de ser filmado rezando ao receber dinheiro de Barbosa. Brunelli receberia R$ 30 mil mensalmente.

O ex-deputado negou as acusações em juízo e afirmou que o dinheiro recebido tratava-se de colaboração para sua campanha eleitoral. A defesa também questionou as provas usadas. A sentença, no entanto, afirma que a gravação de conversas por um dos interlocutores não é interceptação telefônica, sendo lícita como prova no processo penal, ainda mais se complementada com outras evidências.

Também este mês, a 2ª Vara de Fazenda Pública do DF condenou a ex-deputada Eurides Brito a devolver R$ 3,48 milhões aos cofres públicos, em duas ações de improbidade administrativa. O Ministério Público move ações semelhantes contra outros seis parlamentares.
 





Fonte: DO VALOR

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