Este fator será determinante para manter os níveis de produção de carne. "Hoje conseguimos produzir mais carne em um menor espaço", destaca Vacari. Nesta quinta-feira (21), a Acrimat junto com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgaram relatório sobre o abate de fêmeas no estado. O mapeamento inédito demonstrou que cresceu o uso destes animais para suprir as necessidades do setor frigorífico e pecuário.
O crescente abate é justificado pelos criadores pela severa seca ocorrida em 2010, que afetou os pastos em Mato Grosso, seguido também por um ataque de pragas em 2011.
Por outro lado, a unidade federada conserva uma produtividade maior que a média brasileira, e isto deve assegurar a produção de carne especialmente para atender as demandas do mercado consumidor.
"No Brasil a média é de 0,7 cabeças por hectare enquanto que em Mato Grosso chegamos a 1,16. Mas há municípios como Alta Floresta onde temos 1,98 animais por hectare. A população de animais pode diminuir, mas a produtividade não", lembra o superintendente Luciano Vacari.
Estimular a produção de carne é a forma de aliviar a queda do plantel, caso o cenário projetado pelas entidades se concretize. "Se ocorrer a diminuição do rebanho junto com o aumento da produtividade não tem problema, pois estamos sendo eficientes", completa o superintendente da Associação.
O estudo divulgado nesta quarta-feira mostrou que somente em 2012 o uso de fêmeas para abate chegou a 50,2%, enquanto de machos outros 49,8%. No primeiro quadrimestre deste ano foram abatidos 1,73 milhão de animais.
Somente fêmeas foram 866,1 mil ou 19% a mais na comparação com o mesmo período de 2011, quando foram 727,7 mil animais.
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