- Muita gente não compreende como podemos perdoar nosso pai. Mas nunca o culpei pela morte da minha mãe, porque não foi culpa dele. É como se ele fosse duas pessoas diferentes para mim. A pessoa que matou minha mãe não era o meu pai. Ele era alguém diferente, que não tinha controle sobre o que fazia - justificou Ruth. - Eu separo a pessoa que matou minha mãe da pessoa que é o meu pai.
David, agora com 51 anos, foi preso em novembro de 2008. Na época, Ruth e a irmã, Sarah, escreveram uma carta implorando pela liberdade dele. E descreveram os pais como “um casal que não podia viver separado, mas não poderia estar junto”. “Eles tinham uma intensa e destrutiva relação que trouxe o pior para os dois”, escreveram.
A família vivia em uma casa na cidade de Bradley Stoke, na Inglaterra, na época do crime. Ainda de acordo com o “Mail Online”, David matou Michaela depois que descobriu que a mulher estava se relacionando com outra pessoa, em 2008. Os dois moravam na mesma casa, mas já estavam separados.
O relacionamento de Ruth com a mãe não era dos melhores, no período anterior à morte dela. Os pais brigavam com frequência, e Ruth chegou a ficar dez meses sem falar com a mãe. Ela lembra que um dia precisou levar a mãe ao hospital , para visitar o pai que havia sofrido um ataque cardíaco, e Michaela foi bastante fria.
- Ela me tratou como um motorista de táxi. Ela foi tão rude. Foi muito curta, abrupta, e nem me agradeceu - contou.
O caso da família será mostrado em um documentário na televisão inglesa. David, que cursa história da arte, na cadeia, desabafou:
- Quando você mata alguém que você ama, é quase uma dupla perda. Você sente pela perda, e sente por ser o causador da perda - disse.
Ruth e a irmã, Sarah, visitam o pai todo mês na cadeia.
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