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Meio Ambiente
Quinta - 05 de Dezembro de 2013 às 11:07

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 A exploração de petróleo e um tráfego marítimo maior no Ártico já invadem o habitat dos ursos polares, o que se soma aos riscos climáticos existentes, alertaram representantes de nações do Polo Norte, reunidos em conferência realizada na Rússia esta semana.

"Hoje enfrentamos novos desafios diante do aumento do tráfego de navios e a exploração de petróleo e gás", afirmou o ministro do Meio Ambiente do Canadá, Leona Aglukkaq, em um fórum internacional sobre a preservação do urso polar, organizado pela organização WWF.
 
Estados Unidos, Canadá, Rússia, Groenlândia e Noruega detêm uma população global de ursos polares estimada entre 20.000 e 25.000 animais. Mas a crescente atividade econômica nesta região ambientalmente sensível e as emissões de gases de efeito estufa estão acelerando o degelo e ameaçando as espécies.
Os ursos polares dependem da cobertura de gelo para caçar focas, seu principal alimento. A mudança de habitat, com a perda de gelo e de permafrost (solo permanentemente congelado), também afeta a construção de tocas pelas fêmeas, onde no futuro as mamães ursas vão entrar para hibernar após terem se alimentado fartamente.
"Estamos realmente preocupados com o desenvolvimento da passagem norte e a exploração de hidrocarbonetos", declarou Sergei Kavry, integrante da Associação de Povos Nativos do Norte, da Sibéria e do Extremo oriente, coletivo de grupos étnicos aborígines russos.
 
Inovação industrial no Ártico
A Rússia tem voltado sua atenção cada vez mais para a região, e recentemente o presidente russo, Vladimir Putin, referiu-se à região como uma área que marca uma "era de inovação industrial", publicamente repreendendo um professor russo que aventou a ideia de que o Ártico deveria ser posto sob jurisdição internacional.
"Nós precisamos desenvolver (o Ártico)", disse Putin na terça-feira (3), discursando para estudantes em Moscou. A gigante estatal do gás Gazprom já lançou a exploração de petróleo no Ártico, para o assombro de ativistas ambientais que afirmam que os produtores de energia não podem conter ou adequadamente limpar vazamentos no clima extremo.




Fonte: AFP

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