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Cidades
Sábado - 24 de Junho de 2023 às 09:07
Por: Elayne Mendes/Gazeta Digital

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Agentes do Corpo de Bombeiro (CBM) resgataram 1.640 animais silvestres no perímetro urbano de cidades de Mato Grosso em 2022. No primeiro quadrimestre deste ano, 407 capturas do tipo já foram realizadas, sendo 36 na Capital. E, esta semana, dois casos chamaram atenção da população mato-grossense, sendo uma onça-pintada que entrou na residência de uma família, em Sorriso (420 km a norte de Cuiabá) e uma jaguatirica que foi capturada em Alta Floresta (803 km ao norte).

Biólogo afirma que urbanização desenfreada é a responsável pelo trânsito de animais silvestres fora de seu habitat.

Era final da tarde quando uma família da comunidade Tropical, em Sorriso, escutou um barulho na lavanderia da residência. Ao se dirigir ao local para verificar o que teria ocorrido, um dos moradores se deparou com uma onça-pintada, macho, aparentemente de idade juvenil e nitidamente assustada.

A família fechou a porta e ficou observando o animal acuado que, ao notar a movimentação das pessoas, logo se dirigiu para o quintal da residência, pulou a cerca da propriedade e fugiu se embrenhando na região de mata que fica no entorno.

Na segunda-feira (19), os bombeiros foram acionados para resgatar uma jaguatirica presa em uma armadilha, em Alta Floresta. Um homem informou que preparou a armadilha para o animal devido às recorrentes mortes de suas galinhas.

Segundo ele, a intenção era preservar a integridade física da jaguatirica e da sua criação de aves. O animal foi resgatado sem ferimentos e solto em área de preservação, longe do perímetro urbano.

O biólogo Romildo Gonçalves destaca que a invasão cada vez mais célere e desenfreada de construções civis por todo o Estado é o motivo das aparições dos animais silvestres nas residências instaladas na região central. É o preço que se paga por um crescimento desorganizado. Mas, infelizmente, a conta está indo para as vítimas e não para os causadores, já que quem está tendo seu espaço invadido são os animais.

O estudioso afirma que cobras, onças, macacos, capivaras, além de outros animais silvestres do bioma local, estão tendo que se reinventar e se adequar, uma vez que há um ecossistema sendo modificado e eles precisam se alimentar.





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