Por fotos com armas, rapazes são detidos por apologia ao crime

Acusados de praticar apologia ao crime e também por venderem armas de forma ilegal, João Carlos Ramires de Oliveira, 22, e João Vitor Barros Costa, 20, foram detidos pela Polícia Militar, no bairro Dom Aquino em Cuiabá. Um deles, na região conhecida como aldeia, reduto de gangues e traficantes que, de vez em quando, entram em confronto e trocam tiros em vias públicas.

Os rapazes, segundo consta no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, publicaram, cada um, uma foto em seus perfis no Facebook se exibindo com um revólver. Alguém denunciou os fatos à PM e uma guarnição localizou ambos na noite desta quinta-feira (30), mas após abordagem e busca pessoal, as armas não foram localizadas.

João Carlos foi abordado na Avenida General Mello na Aldeia, por volta das 19h15 e disse aos policiais que teria vendido o revólver para um homem chamado Júlio que trabalha na Feira do Porto. Diante dos fatos, ele foi detido e conduzido para a Central de Flagrantes no bairro Planalto, em Cuiabá por apologia ao crime e por venda ilegal de arma de fogo.

Por sua vez, João Vitor, detido na Avenida Dom Aquino por volta das 21h30, alegou que teria vendido o revólver para um homem chamado João que mora em Várzea Grande pelo valor de R$ 1,4 mil. Também foi levado para a delegacia para registro da ocorrência. Em ambos os casos os acusados devem responderem em liberdade já a pena para apologia ao crime (Decreto-lei número 2.848, de 7 de dezembro de 1940), quando há condenação, é de 3 a 6 meses de detenção ou multa. Ou seja, não resulta em prisão, sendo considerado um crime de menor potencial ofensivo.

Vale destacar que as Polícias Militar e Civil possuem equipes especializadas em monitoramento e rastreamento de publicações feitas em redes sociais consideradas ofensivas ou criminosas. E dessa forma, quando há denúncias, os autores das postagens são identificados e em determinados casos acabam autuados e respondem pelos crimes praticados no ambiente virtual.