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Opinião
Quarta - 14 de Agosto de 2013 às 21:31
Por: Gabriel Novis Neves

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Mundialmente, os movimentos reivindicatórios das massas populares, os chamados protestos, vêm tendo algumas características em comum.

Uma delas é que, geralmente, começam pacíficas, e depois de certo tempo, se transformam em violentas, principalmente em relação ao poder repressivo.

Excluída a truculência policial que ocorre na maioria dos países, tem sido estudado, exaustivamente pelos órgãos competentes, que outras causas estariam desencadeando essas reações.

Sabe-se atualmente que ideias anárquicas, nascidas no início do século XIX, na França, estão presentes numa pequena minoria de nossa juventude.

Essa minoria tem se feito representar em todos os movimentos mundiais e, aqui entre nós, tem recebido as mais diferentes denominações, sendo a mais moderna, a de vândalos.

São os mesmos Black Blocs que aparecem na Grécia, na Turquia, no Egito, nos Estados Unidos, todos vestidos de preto, mascarados e movidos apenas pelo ódio e pelo repúdio ao sistema.

São pessoas cujo único objetivo é contestar toda e qualquer autoridade estabelecida, quer seja econômica, política ou religiosa.

Creem numa sociedade autorregulada, desvinculada de toda e qualquer liderança.

Dentre essas pessoas estão os desajustados e os inconformados por estarem excluídos da sociedade de consumo, que apregoam os saques como única forma de justiça social.

Argumentam elas que nenhum movimento de massa pacífica, em qualquer parte do mundo, não consegue modificação do “status quo”.

Como não têm líderes, e nada propõem em relação à esse capitalismo decadente que tanto criticam, desnorteiam as autoridades eleitas democraticamente para governar os diversos países, conturbando a ordem mundial.

Preocupante, uma vez que mais parecemos uma nau desgovernada em meio a mares tempestuosos, que não sinalizam para uma bonança próxima.

Os discursos de nossas autoridades constituídas têm mostrado isso de uma maneira clara ao se confessarem despreparados para essa nova realidade.

Momento para reflexão de nossas classes dominantes nacionais e internacionais que, se não muito lúcidas, apenas levarão a humanidade para o caos total, cujo único beneficiário é sempre a indústria bélica.

GABRIEL NOVIS NEVES é médico em Cuiabá, foi reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).



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