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Opinião
Quinta - 14 de Abril de 2011 às 12:53
Por: Paulo N. Gasparoto

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A concepção popular é de que só cidades como São Paulo necessitam de mecanismos de trânsito e estacionamento em áreas públicas, sendo aí justificado o rodízio de veículos de acordo com o dia da semana e a placa, e os sistemas rotativos pagos.

Na verdade estacionamento seja em área pública, seja em termos de adquirir a prestação de serviço por meio de empresa privada é uma problemática crescente de todas as cidades, inclusive de bem menor porte que a capital paulista. Veja que em Itatiba, segundo o último censo do IBGE, conta com uma frota de mais de 49 mil veículos para 101.450 habitantes, ou seja, quase 1 carro para cada 2 habitantes, acima da média nacional, que é de 1 carro para cada 6..

Tendo em conta estes dados e os transtornos cotidianos que estes resultam (falta de vagas para estacionar na região central) a administração de Itatiba resolveu fazer uma experiência em uma rua da cidade. No dias pares, só é permitido estacionar no lado onde as casas têm numeração par. Nos dias ímpares, apenas no lado ímpar. Por isso, quem for usar veículos na cidade precisa estar atento ao calendário. A idéia é expandir o projeto, em caso de demonstrada solução.

Em Cuiabá-MT, que conta com a frota circulante também de Várzea Grande e, por ser centro de apoio em vários sentidos para outras cidades, recebendo este fluxo freqüente de carros de outras regiões, o problema de estacionamento na região central não é menos grave. Já são mais de 290 mil veículos só da capital, sem contar Várzea Grande. Mesmo assim, com tamanha e crescente frota, não é preciso que os moradores desta cidade tenham que procurar a vaga par ou ímpar, ou mesmo fazer rodízios de placas, pois há nesta o sistema de garantia da rotatividade de estacionamento na região central (Faixa Verde), fazendo com que todos tenham como estacionar em determinadas vagas a um custo mínimo, lembrando que para motos é gratuito. O serviço, portanto, é uma forma de resolver localmente um problema que é crescente em todas as médias e grandes cidades brasileiras e igualmente atender bem à população de Cuiabá.

Enfatizo ainda que, em curto e médio prazos, possivelmente não teremos mais estacionamentos nas ruas e estas, dados os acréscimos mensais de novos carros em circulação, serão apenas para transitar. Vamos imaginar que em dez anos teremos o dobro da atual frota, já que recebemos aproximadamente 10 mil carros novos carros a cada três meses. O que fazer? A solução deveria começar agora, tendo como um dos pontos importantes o incentivo fiscal em todos os níveis de governo para que os empreendedores tenham condições e interesse em criar estacionamentos privados, de forma interessante os verticais e os de subsolos sob praças públicas, entre outros espaços. É bom lembrar que o valor arrecadado em impostos de IPVA e multas deve ser usado para a busca destas soluções e suas devidas compensações.

Paulo N. Gasparoto é empresário e presidente da CDL Cuiabá

 



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