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Opinião
Sábado - 30 de Junho de 2012 às 20:48
Por: Gabriel Novis Neves

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Sou amigo e eleitor de primeira hora do senador Pedro Taques. Estou satisfeito com o voto que lhe dei, ajudando-o a chegar ao Senado Federal.

Foi a minha gratidão ao menino escoteiro que trabalhou na inauguração do Teatro Universitário em 1982.

Já famoso, o guri do teatro de Macunaíma, me revelou que resolveu estudar de verdade para um dia ser alguém na vida quando, no ônibus que transportava as mulheres dos reitores para visitar a Chapada dos Guimarães, não soube responder a pergunta de uma delas.

- “Este riacho é perecível?”

O garoto do mato nunca tinha ouvido a palavra perecível. Envergonhado, fez um compromisso de estudar o resto da vida para responder sempre a qualquer pergunta.

É o que fez com brilhantismo na Procuradoria da República, e agora como professor e senador do Brasil.

Fiquei surpreso quando soube que o nosso senador disse da tribuna do Senado que está sendo traído.

Existe traição em política?

Segundo Houaiss, traição é uma deslealdade ou infidelidade amorosa. No caso em questão, esqueçamos a segunda hipótese.

O que é uma deslealdade em política?

O político, jornalista e ex-governador do Rio de Janeiro, Carlos Lacerda dizia: “Eu prefiro ser surpreendido pela traição a ficar a vida inteira esperando por ela”.

No mundo político, “fidelidade é uma forte coceira, que não pode coçar.” – palavras do jornalista francês Aurèliey School.

Meu caro senador. Esse sintoma de “facada nas costas” faz-lhe bem enquanto jovem. Nessa nova profissão que você escolheu, na certa, sofrerá e fará erroneamente o diagnóstico chamado de traição em política, onde os valores éticos são direcionados exclusivamente ao poder.

Seu xará renegou Cristo e se tornou dono da Igreja Católica, e foi o seu primeiro Papa. Exerceu o poder da fé, mesmo com esse deslize.

O poder só é exercido por aqueles que traíram, no seu sentido mais amplo. Ideologia, valores, compromissos, amigos e, principalmente, o povo.

Prepare-se para o poder, meu nobre senador.
Traição

 

Sou amigo e eleitor de primeira hora do senador Pedro Taques. Estou satisfeito com o voto que lhe dei, ajudando-o a chegar ao Senado Federal.

Foi a minha gratidão ao menino escoteiro que trabalhou na inauguração do Teatro Universitário em 1982.

Já famoso, o guri do teatro de Macunaíma, me revelou que resolveu estudar de verdade para um dia ser alguém na vida quando, no ônibus que transportava as mulheres dos reitores para visitar a Chapada dos Guimarães, não soube responder a pergunta de uma delas.

- “Este riacho é perecível?”

O garoto do mato nunca tinha ouvido a palavra perecível. Envergonhado, fez um compromisso de estudar o resto da vida para responder sempre a qualquer pergunta.

É o que fez com brilhantismo na Procuradoria da República, e agora como professor e senador do Brasil.

Fiquei surpreso quando soube que o nosso senador disse da tribuna do Senado que está sendo traído.

Existe traição em política?

Segundo Houaiss, traição é uma deslealdade ou infidelidade amorosa. No caso em questão, esqueçamos a segunda hipótese.

O que é uma deslealdade em política?

O político, jornalista e ex-governador do Rio de Janeiro, Carlos Lacerda dizia: “Eu prefiro ser surpreendido pela traição a ficar a vida inteira esperando por ela”.

No mundo político, “fidelidade é uma forte coceira, que não pode coçar.” – palavras do jornalista francês Aurèliey School.

Meu caro senador. Esse sintoma de “facada nas costas” faz-lhe bem enquanto jovem. Nessa nova profissão que você escolheu, na certa, sofrerá e fará erroneamente o diagnóstico chamado de traição em política, onde os valores éticos são direcionados exclusivamente ao poder.

Seu xará renegou Cristo e se tornou dono da Igreja Católica, e foi o seu primeiro Papa. Exerceu o poder da fé, mesmo com esse deslize.

O poder só é exercido por aqueles que traíram, no seu sentido mais amplo. Ideologia, valores, compromissos, amigos e, principalmente, o povo.

Prepare-se para o poder, meu nobre senador.



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