Por 15 a 8, Assembleia proíbe venda e transporte de peixe em MT Projeto prevê que pescadores profissionais receberão auxílio de um salário mínimo (hoje, de R$ 1.320), durante 3 anos

O projeto Transporte Zero, do Governo de Mato Grosso, foi aprovado pela Assembleia Legislativa, na tarde desta quarta-feira (28), por maioria dos votos.
Agora, o projeto de lei segue para sanção do governador Mauro Mendes (União).
A proposta, baseada em um relatório contratado pela Assembleia Legislativa, proíbe o transporte, comércio e armazenamento de peixes dos rios do Estado pelo período de cinco anos, a fim de combater a pesca predatória e recuperar o estoque pesqueiro de Mato Grosso e estados vizinhos.
Foram 15 votos favoráveis e oito contrários ao projeto.
A medida foi enviada pelo Governo do Estado, mas passou por alterações no Legislativo.
Nesse caso, a aprovação foi de um substitutivo integral à peça original.
O projeto prevê que os pescadores profissionais irão receber um auxílio de um salário mínimo (hoje, de R$ 1.320), durante três anos.
Na terça-feira (27), pescadores fizeram um protesto e fecharam o trevo da Rodovia dos Imigrantes, entre a BR-070 e a MT-130, que dá acesso a Santo Antohio de Leverger.
Na votação desta quarta-feira, foi registrada série de manifestações, desde o começo da manhã.
à tarde, manifestantentes lotaram as galerias da Assembleia e dividiram-se entre favoráveis e contrários o polêmico projeto.
O PROJETO - A proposta do Governo de Mato Grosso, que proíbe o transporte, comércio e armazenamento de peixes dos rios do Estado, prevê o pagamento de auxílio financeiro para pescadores profissionais e artesanais, pelo período de três anos.
Também estão previstos o recadastramento dos pescadores, por meio de Registro Estadual, e sua inserção em programas de qualificação da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania para o turismo ecológico e pesqueiro, e de produção sustentável da aquicultura.
O texto aprovado pelos deputados, um substitutivo, também libera a pesca de subsistência para povos indígenas, originários e quilombolas, bem como a modalidade pesque e pague, desde que o estabelecimento emita nota fiscal do peixe que será transportado pelo pescador. Também foi liberada a pesca para compra e venda de iscas vivas.
A Assembleia Legislativa deverá criar um observatório para acompanhar a execução do projeto em Mato Grosso.
Veja como votaram os deputados:
Não vota
Eduardo Botelho (União) - presidente da AL
Contra
Wilson Santos (PSD)
Lúdio Cabral (PT)
Valdir Barranco (PT)
Thiago Silva (MDB)
Dr João (MDB)
Sebastião Rezende (União)
Elizeu Nascimento (PL)
Faissal Calil (Cidadania)
A favor
Max Russi (PSB)
Dilmar Dal’Bosco (União)
Carlos Avalone (PSDB)
Dr Eugênio (PSB)
Diego Guimarães (Republicanos)
Cláudio Ferreira (PTB)
Beto 2 a 1 (PSB)
Reck Júnior (PSD)
Paulo Araújo (PP)
Valmir Moretto (Republicanos)
Júlio Campos (União)
Silvano Amaral (MDB)
Fábio Tardin (PSB)
Valter Mioto (MDB)
Gilberto Cattani (PL)
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