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Cidades
Segunda - 22 de Dezembro de 2014 às 23:50
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma/MT) fez assembleias gerais descentralizadas nos Hospitais e Escritórios Regionais do Estado, hoje, e foi aprovado indicativo de greve, isto é, um dia de paralisação, caso as demandas não tenham sido atendidas. “A saúde não pode parar. A vida não espera”, disse o presidente do Sisma, Oscarlino Alves, aos colegas que questionaram se o dia 13 de janeiro seria tempo suficiente para a nova gestão governamental responder aos trabalhadores. “Nós temos que sinalizar para a nova gestão que nós queremos respeito e não vamos mais aceitar essas condições degradantes”, atacou.

A "situação caótica" da saúde já é conhecida pelas inúmeras denúncias de servidores e usuários do SUS, mas o ponto crucial para uma possível greve dos servidores nesta virada de ano se somou a falta de limpeza da última semana, porque o Governo não teria repassado o pagamento da empresa que presta o serviço. “Vejam como nós nos tornamos reféns da terceirização e da privatização. Em dois dias, até a permanência no local de trabalho ficou impossível”, apontou Alves. A realização de concurso público é uma das pautas mais urgentes dos servidores. “A saúde do trabalhador é uma questão muito séria. Nós tivemos, nos últimos 3 anos, dois servidores que desistiram da vida em casa e um no local de trabalho. Entre os problemas de saúde que mais causam afastamento dos servidores estão os relacionados à saúde mental, como a depressão”, comentou Oscarlino, diante do desabafo de uma colega sobre a impossibilidade de realização no trabalho, na atual situação.

A servidora Marivanda, na assembleia realizada no Adauto Botelho, afirmou que a precarização está fazendo com que os servidores naturalizem práticas de aquisição de material feita pelos próprios trabalhadores. “Nos últimos anos não se constrói nada para a Saúde, só se destrói. Parece que tudo o que é público não tem mais que existir. A gente compra serviço público, a gente está concorrendo com o privado. E a gente naturalizou tudo isso e assume as responsabilidades do Estado. Esse é o nosso equívoco, isso não é natural”, critica.

Devido a falta de tudo, os trabalhadores têm comprado, com seu próprio dinheiro, copos descartáveis para água – não só dos servidores, mas também dos usuários -, papel higiênico, produto de limpeza, pó de café, entre outras coisas. “Esse ano o Adauto não vai fazer a feirinha beneficente para comprar material de arte terapia. Há anos nós não recebemos recursos para isso, por isso realizávamos a feirinha todo ano, mas nós não vamos mais fazer porque isso é obrigação do Estado. Ele tem recursos, recebe para isso”, disse uma servidora.

A informação é da assessoria do sindicato.





Fonte: Só Notícias

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