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Nacional
Quinta - 27 de Novembro de 2014 às 10:00
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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A jovem Camile Lopes, de 22 anos, denuncia ter sido agredida pelo ex- namorado quando chegava em casa após ir a uma festa em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. “Eu tive que fingir que estava desmaiada para ele parar com as agressões”, conta. Indignada com a situação, ela decidiu postar em seu perfil no Facebook uma foto que mostra as marcas da violência e a imagem repercutiu na web. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Segundo ela, o crime ocorreu no último dia 15. “Ele chegou por trás, me deu um chute, já me derrubou no chão e começou uma sequência de vários golpes, ‘pisões’, socos, muitos chutes na região da cabeça e do rosto”, recorda-se .

Camile ainda se recupera das agressões no rosto e nos braços. A jovem afirma que está revoltada por o suspeito continuar solto. Para cobrar agilidade no caso, ela decidiu divulgar a história.

“É tudo muito devagar na Justiça. A gente começou a mobilizar as pessoas para ver se alguma coisa acontecia porque é muito fácil ele vir, me agredir, fazer tudo o que ele fez e continuar por aí, postando foto, vivendo normalmente, sendo que a minha vida agora mudou completamente, não posso sair de casa, não posso ficar sozinha”, lamenta.

Camile Lopes posta foto em rede social de agressões em Goiás (Foto: Camile Lopes/ Arquivo Pessoal)Camile posta foto em rede social de agressões
(Foto: Camile Lopes/ Arquivo Pessoal)

Responsável por investigar o caso, a delegada Isis Leal diz não ser comum que vítimas usem redes sociais para denunciar agressões. Ela afirma que publicar a imagem também foi uma forma de defesa da estudante.

“Como ele está solto, não foi preso em flagrante, ela estava com medo de que ele fosse atrás dela porque ela veio à delegacia de polícia. Então ela começou a divulgar a situação nas redes sociais”, disse Isis. A delegada afirma que vai intimar o suspeito para depor nesta semana.

Em Goiás, somente neste ano, sete mil mulheres denunciaram ter sido agredidas, conforme dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-GO). O número já é o dobro do registrado no mesmo período do ano passado.





Fonte: Do G1

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