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Cidades
Quinta - 27 de Novembro de 2014 às 09:22
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Trabalhar fora e ajudar no sustento da família. Este foi o motivo que levou o marido de Eliane Rocha a atear fogo e queimar cerca de 80% de seu corpo. Eliane será a primeira paciente a ser operada pelo Programa de Cirurgia Plástica Reparadora, ação desenvolvida pela The Brigde Global, em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas-MT).

A cirurgia acontecerá na próxima sexta-feira (28.11), no Hospital Universitário Júlio Muller. De acordo com o laudo médico, a paciente apresenta cicatrizes resultantes de queimadura de terceiro grau, que produziram deformidades na face, pescoço, tórax e membros superiores, além de limitar seus movimentos.

Para o secretário da Setas-MT, Jean Estevan Campos Oliveira, o Programa de Cirurgia Reparadora representa uma esperança para as mulheres vítimas de violência doméstica. “O sofrimento dessas mulheres não será apagado apenas pela reparação das marcas físicas, mas com certeza é uma possibilidade de reparar o dano sofrido, resgatando a autoestima, dignidade e o sentimento de pertencimento social”, disse o secretário.

A superintendente de Políticas Públicas para Mulheres da Setas-MT, Ana Emília Sotero, destacou a importância da cirurgia para participantes do programa. “Eliane foi uma das primeiras mulheres a procurar pelo programa. Mas, queremos e vamos beneficiar várias mulheres que convivem com este problema”, disse a superintendente.

Já a presidente da The Bridge Global, Leonor Sá Machado, a cirurgia da primeira paciente pelo programa consolida os ideais do programa e da organização em si. “Como nosso próprio nome diz, fazemos “uma ponte” com atores sociais em busca de ações que beneficiem a população local e global”, afirmou a presidente.

O Programa
A porta de entrada para participação no Programa de Cirurgia Plástica Reparadora é o telefone disponibilizado gratuitamente para qualquer pessoa (0800 7714040). As atendentes da ligação são psicólogas, especializadas no atendimento destas ocorrências, que farão perguntas sobre a natureza da sequela física e demais dados cadastrais da mulher.

Depois, os dados da paciente são encaminhados para os médicos e, após a avaliação clínica, é detectado a gravidade da lesão e os possíveis procedimentos para o caso. Todo o processo desde a solicitação da cirurgia até o resultado final é monitorado. Assim, é possível avaliar os resultados físicos e emocionais de cada participante do programa.

Mato Grosso é pioneiro no estabelecimento da parceria entre o poder público e a The Brigde para operacionalização do programa. No Estado, as cirurgias serão realizadas no Hospital Universitário Júlio Müller e Hospital do Câncer.





Fonte: Midia News

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