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Nacional
Quinta - 20 de Novembro de 2014 às 21:40
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Fabiana Godk é suspeita de roubar um veiculo durante o test-drive, em Curitiba (Foto: Divulgação/Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos)

Fabiana Godk é suspeita de roubar um veiculo durante o test-drive, em Curitiba (Foto: Divulgação/Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos)

A jovem acusada de ter furtado um carro de uma concessionária de Curitiba durante um test-drive em maio de 2013 é considerada foragida pela Polícia Civil. Ela é suspeita de ter roubado um óculos de grau no valor de R$ 736 de uma ótica, segundo o delegado Renato Figueiroa. Um Boletim de Ocorrência foi registrado no 8º Distrito Policial (DP) pelo dono do estabelecimento e, conforme o delegado, Fabiana Sporh Godk será indiciada pelo crime de roubo.

O caso aconteceu em outubro. Nesta quinta-feira (20), a mãe de Fabiana prestou depoimento à polícia e devolveu o óculos roubado, ainda segundo o delegado.

Ao G1, o advogado Igor José Ogar, que representa Fabiana, disse que sua cliente agiu em uma "situação de desespero". "Ela estava desesperada porque a mãe não estava em condição de pagar e não consegue enxergar sem o óculos", explicou o advogado. Ele garantiu que ela deve se apresentar à polícia nos próximos dias e esclarecer os fatos

A jovem de 28 anos responde em liberdade ao processo por furto qualificado mediante fraude, ocorrido em maio de 2013. À época, o delegado responsável pela investigação também foi Renato Figueiroa. “Ela continua fazendo isso porque se sente impune”, afirmou. Como não teve flagrante, Fabiana não foi presa.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, a jovem foi com a mãe à ótica e escolheu um óculos de grau para a mãe. “Na data para buscar o óculos, ela retornou e ficou conversando com a vendedora. Pediu para que a vendedora fosse até o carro, onde estaria a sua mãe, para confirmar se ficou bom. Ao chegarem ao local onde o carro estava estacionado [nas proximidades e sem niguém dentro], ela deu um empurrão na vendedora, tomou o óculos das mãos dela e fugiu com o carro”, contou.

“Ela sempre age dessa forma: faz o cadastro no seu nome e dá um jeito de praticar um furto ou roubo”, afirmou Figueiroa. Uma testemunha tentou segui-la, mas desistiu porque ela estava furando as preferenciais, conforme explicou o delegado. Ele ainda disse que, além do caso do furto do automóvel, Fabiana tem outros antecedentes criminais relacionados a estelionato. Em 2009, ela foi presa por porte ilegal de arma, ainda segundo o delegado.

No depoimento, a mãe de Fabiana confirmou ter ido com a filha na ótica para escolher o óculos e que, depois, a jovem lhe entregou o óculos. Porém, ela negou saber que o objeto havia sido roubado. “Ela contou que achava que a filha tinha pagado pelo óculos, mas não moveu uma palha para ajudar na investigação”. De acordo com o delegado, a mulher disse não saber onde a filha mora e nem ter o número de telefone dela.

Quando Fabiana furtou o carro, ela cursava direito. Agora, segundo a mãe relatou ao delegado, a jovem já se formou e está estudando para a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Relembre o caso
Segundo a polícia, durante um test-drive a jovem rendeu o funcionário da concessionária que a acompanhava, obrigando-o a descer do veículo. Fabiana se apresentou à polícia dois dias depois e, como o período de flagrante já havia passado, foi ouvida e liberada.

Na época, em entrevista à RPC TV, Fabiana negou o crime e disse que está pagando pelo que não fez. "Ele [o vendedor da concessionária] puxou o freio de mão e desceu para pegar a direção. Eu fiquei meio irritada e fui com o carro embora", contou.

Ela disse que a situação ocorreu depois que ultrapassou o limite de velocidade de uma via e que, por isso, o vendedor teria tomado a atitude de puxar o freio. "Logo em seguida, eu deixei o carro estacionado com a chave no meio da rua", conclui a estudante. Questionada sobre quanto tempo ele teria trafegado com o veículo, ela afirmou não se recordar. "Mas foi bem pouco", relata. Ela afirmou também que não estava armada e que não deu voz de assalto ao funcionário da concessionária.

A polícia defendeu a tese de que a jovem furtou o automóvel para utilizar as peças no conserto de outro carro, do mesmo modelo, que ela havia comprado e batido dias antes do crime. O delegado Renato Figueiroa afirmou que o dono de uma oficina confirmou que Fabiana tinha levado o automóvel até o local para que as peças fossem retiradas. O inquérito apontou que ela furtou carro em test-drive para pegar peças.





Fonte: Do G1

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