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Política
Quarta - 02 de Julho de 2014 às 10:08
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O empresário Rowles Magalhães, filiado ao Solidariedade, vai disputar as eleições deste ano como candidato a deputado estadual. Ele foi o pivô de denúncia envolvendo um suposto esquema de propina na licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que veio à tona em agosto de 2012. Ele teria atuado como intermediador no processo entre o governo do Estado e a iniciativa privada.


O postulante, no entanto, nega que esteja usando da visibilidade que ganhou com o caso para tentar assumir um cargo público. “Eu decidi ser candidato porque as pessoas conhecem pouco da minha vida e da minha história. Eu tenho trabalhos por Mato Grosso sem nunca ter sido nada. Por exemplo, um hospital em Poxoréu que sempre ajudei. Também agencio jogadores de futebol daqui que hoje jogam em São Paulo e até Portugal”, relata.

À época do escândalo, Rowles era assessor especial do vice-governador Chico Dalto (PSD). Ele teria denunciado ao site UOL Esporte, de São Paulo, que a licitação para implantação do metrô de superfície em Cuiabá havia sido dirigida, uma vez que a vitória do Consórcio VLT Cuiabá teria sido combinada entre os três primeiros colocados na concorrência.

Rowles também revelou que membros do governo de Mato Grosso teriam recebido propina no valor de R$ 80 milhões. Os ministérios públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE), a Polícia Civil de Mato Grosso e a Polícia Federal (PF) instauraram inquéritos para investigar o caso. Em março deste ano, no entanto, o Tribunal de Justiça arquivou o procedimento administrativo investigatório instaurado pelo MPE alegando “insuficiência de elementos de prova que justifiquem a demanda judicial cabível”.

À Polícia Civil, Rowles prestou depoimentos meses depois da denúncia inicial dando outra versão dos fatos. Ele atribuiu ao repórter do UOL, Vinícius Segalla, a responsabilidade pelas informações e negou que ocorreu fraude. Agora, em 2014, o empresário segue sustentando a tese. “Não houve propina no VLT. O próprio MP diz que é sem fundamento. Quem denunciou propina do VLT é quem é contra Cuiabá, que é o repórter do UOL. Eu trabalhei para o VLT dar certo. Continuo lutando pelo modal, é o melhor transporte que existe”, argumenta.

Na Polícia Cívil, a informação é de que a investigação segue sob sigilo e é de responsabilidade do delegado Gian Marco Paccola, mas até o momento, quase dois anos após o caso ter se tornado público, não houve desdobramentos. No MPF, o processo está em fase de instrução, isto é, de coletar informações. Já a PF não se pronunciou sobre o atual andamento do inquérito.

O Solidariedade, partido de Rowles, anunciou apoio à candidatura do deputado estadual José Riva (PSD) ao governo estadual. O empresário, inclusive, participou da convenção do social-democrata na última segunda (30), onde defendeu a empreitada eleitoral do parlamentar, que sempre se mostrou entusiasmado com a implantação do VLT na Capital. "É o melhor nome. Nosso governador Riva", avalia.





Fonte: RDNews

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