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Terça - 28 de Julho de 2015 às 10:59

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Jovem morreu, em Ribeirão Preto, após aplicar o hidrogel no órgão genitalReprodução/Rede Record

Em busca do corpo perfeito, muitos homens e mulheres estão arriscando a vida ao fazer uso inadequado do hidrogel, uma substância que aumenta o volume da região do corpo onde é aplicada. Na última sexta-feira (24), o jovem Yuri Mamede, de 18 anos, morreu em Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo, após aplicar o hidrogel no órgão genital.

Segundo o boletim de ocorrência do caso, o jovem injetou a substância por conta própria e passou mal poucas horas depois. Ele foi encaminhado para o Hospital das Clínicas da cidade, sofreu paradas cardíacas e não conseguiu resistir.

O procedimento realizado pelo jovem, explica o diretor da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), Luiz Henrique Ishida, é um muito perigoso e não poderia trazer benefícios para a vida sexual do jovem.

— O pênis tem um volume flácido e um volume ereto. Com a aplicação de hidrogel, você não tem um aumento real, mas apenas um aumento do pênis flácido. Isso não em muda nada a relação sexual. Pelo contrário, pode até atrapalhar, porque você fica com esse volume extra que não fica rígido.

Após aplicado no corpo, o hidrogel se espalha pela região, tornando sua retirada muito difícil, e pode trazer complicações sérias ao paciente, como infecção generalizada e embolia, quando uma substância é injetada dentro de um vaso sanguíneo e a corrente leva o produto até órgãos, como pulmão e cérebro.

— O pênis é uma região que tem muita mobilidade, então é mais complicado ainda você injetar. Como é uma área vascular, é possível que o hidrogel tenha entrado na circulação dele.

A substância é usada para modelar e dar volume a certas regiões do corpo, principalmente, braços, pernas e nádegas. Apesar de o uso do hidrogel ser liberado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o médico enfatiza que a SBCP não recomenda o uso da substância para questões estéticas.

— O hidrogel tem um grande volume de água na sua composição e, por isso, algumas pessoas pensam que ele é bom, mas não é assim. Ele tem um componente principal que é uma substância sintética, que é vista pelo organismo como um corpo estranho.

Segundo Ishida, a aplicação do produto acaba se tornando atrativa por questões financeiras.

— Tem vários profissionais que, muitas vezes, nem médicos são e fazem esse tipo de procedimento por ser barato e simples. Quando você compara com outros métodos, a grande diferença é o preço, porque outros procedimentos cirúrgicos precisam de anestesia, de um hospital adequado, e tudo isso acaba custando mais.

A forma mais segura de dar volume ao corpo, explica o médico, é fazer uma lipoaspiração e injetar a própria gordura do paciente na região escolhida.

— Todo procedimento cirúrgico tem seus riscos, porém, a injeção de gordura tem menor risco de complicações, já que é um tecido do próprio paciente.





Fonte: Do R7

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