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Quarta - 27 de Maio de 2015 às 09:10

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Os pais biológicos de Ida Verônica Feliz, 10 anos, a dominicana Élida Isabel Feliz e o italiano Pablo Milano Escarfulleri foram presos na Itália em cumprimento de um pedido feito pela Justiça brasileira. Eles são acusados de em 2013 ordenarem o sequestro da menina, que vivia com uma família cuiabana. O irmão de Ida, Pietro Feliz, que vivia com outra família adotiva em Santa Catarina, também foi sequestrado pelo casal.

As prisões e o motivo foram divulgados em jornais do país europeu, que destacam a complexidade do caso internacional. A notícia foi recebida com muita alegria pela mãe adotiva da menina, Tarsila Gonçalina de Siqueira. Conforme a imprensa italiana, o casal foi preso em Pederoba, porém Pablo, que usa o nome de Paolo Ceccato, foi transferido para prisão em Vicenza e Élida para uma unidade de Verona. Advogado deles, Paolo Salandin apontou a história como inacreditável, uma vez que não existia nenhuma exigência cautelar na Itália em desfavor do casal. Porém, um mandado de prisão encaminhado pela Justiça brasileira para a Itália.

O defensor, segundo os jornais europeus, afirmou que Pablo e Élida haviam procurado o Ministério Público italiano, depois de voltarem de Santo Domingo, na República Dominicana, para explicar a situação do sequestro de Ida. Disse ainda que pediria explicações para a justiça local sobre as prisões, assim que tivesse acesso a audiência.

O jornal relata sobre o sequestro de Ida e aponta que o casal é acusado de mandar praticar o crime e pessoas fortemente armadas cumpriram a ordem. Porém, a defesa justifica que Pablo e Élida se envolveram em confusões no Brasil e entregaram a criança para amigos cuidarem. Relata que a criança foi colocada em adoção, sem consentimento dos pais. O advogado entende que trata-se de um caso complexo, uma vez que a Justiça brasileira entende a necessidade de devolução da criança aos pais adotivos, enquanto para a italiana, ela deve ficar com os pais biológicos.

Em janeiro deste ano, a Interpol havia localizado Ida na cidade de Cassola, na Região de Vicenza, Itália, residindo com seus pais biológicos e já havia recebido um novo nome, segundo a Polícia Federal. Poucos dias depois, foi identificada a presença da criança na República Dominicana, o que gerou um pedido da Secretaria de Direitos Humanos à justiça dominicana para que encaminhasse a menina de volta ao Brasil.

Desde o sequestro de Ida da casa da família no bairro Dom Aquino, Tarsila luta para ver a menina de novo. Ela relata que recebe a notícia da prisão como uma possibilidade de reencontro com a filha adotiva, de quem nunca se esqueceu ou perdeu a esperança de rever. “Essa semana sonhei que eu a via e chorava muito”.

O advogado da família, Kleber Matos, não tinha informações sobre a prisão do casal. Relatou que tentaria contato com escritórios parceiros na Itália para se inteirar sobre o teor das informações veiculadas na imprensa europeia. Matos assumiu o caso após a notícia de localização de Ida e, desde então, busca parceiros naquele país para tentar localizar a menina. Ele aponta que pela Convenção de Haia, firmada entre os dois países, a primeira análise do caso deve ocorrer em solo brasileiro, onde era realizado o processo de adoção da menina abandonada pela mãe, que foi presa por tráfico de drogas. Pablo também foi preso pelo mesmo crime no Brasil. A família de Tarsila cuidou de Ida desde bebê. Uma filha dela trabalhava no hotel em que Isabel se hospedava e com frequência deixava a criança sozinha.





Fonte: A Gazeta

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