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Cidades
Sexta - 27 de Março de 2015 às 07:59
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Terminou sem acordo o pedido de indenização por dano moral de R$ 1 milhão exigido a título de dano moral pelo pastor evangélico Rafael Alves Pereira contra a Igreja Mundial do Poder de Deus. O processo se arrasta desde março de 2010, mas em 27 de novembro de 2014 foi rejeitada a conciliação de ambas as partes em audiência conduzida pela juíza Ana Paula da Veiga Carlota Miranda, o que leva ao prosseguimento da ação de indenização por dano moral.

Após ser homologada a desistência das testemunhas antes indicadas pela Igreja Mundial do Poder de Deus, a magistrada declarou por encerrada a audiência e acatou o pedido das partes em converter o debate oral por alegações escritas. Após a apresentação de um memorial, deverá ser proferida a sentença judicial.

Conforme narrado à Justiça, Rafael Alves Pereira afirma que ingressou em março de 2009 nos quadros de ministros da Igreja Mundial do Poder de Deus como pastor auxiliar. Em dezembro do mesmo ano, alega que estava dormindo nas dependências da Igreja Mundial quando foi acordado a socos e pontapés pelo pastor identificado apenas por Jademir.

A agressão, conforme Rafael, seria resultado de uma discriminação e intolerância do colega que não aceitava o fato dele ter mantido experiências homossexuais antes de entrar para a Igreja Mundial do Poder de Deus e hoje ser considerado um “ex-gay” após se converter a religião. Por conta disso, registrou boletim de ocorrência e submeteu-se a exames de corpo e delito no IML (Instituto Médico Legal) para comprovar a existência de hematomas após as agressões.

Após o episódio, Rafael alega que sofreu constrangimento, pois, foi expulso da Igreja Mundial do Poder de Deus sem apresentar a sua versão dos fatos a respeito da agressão sofrida, o que lhe gerou muita indignação. Em sua avaliação, essa é uma prova de que os dirigentes evangélicos não aceitam o fato dele ter sido homossexual e logo depois se converter a religião.

Rafael Ferreira também relatou que após o episódio da agressão, ainda conviveu em ouvir comentários maldosos do pastor Jademir, acusado de cometer a agressão. “Ele ainda andou dizendo que o Ibama fez uma visita a ele, porque teria batido em um ‘veado’”, contou na ação.

A Igreja Mundial do Poder de Deus foi formada por conta de uma dissidência na Igreja Universal do Reino de Deus. Nacionalmente, é comandada pelo pastor Valdomiro Santiago, investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) de enriquecimento ilícito e fraude contra o sistema financeiro.





Fonte: Folhamax

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