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Cidades
Sábado - 31 de Janeiro de 2015 às 09:36
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O bloqueio da BR-163, feito por índios das tribos Terena e Maben-Grokre, no trecho entre Nova Santa Helena e Itaúba (cerca de 95 quilômetros de Sinop) entrou no segundo dia e as negociações para a liberação da rodovia ainda não avançaram. A Polícia Rodoviária Federal informou, agora há pouco, ao Só Notícias, que a estratégia para hoje será tentar conseguir a passagem parcial dos veículos durante alguns períodos do dia.

Ontem, não houve liberação parcial para passagem de carretas, caminhões e veículo. Somente ambulâncias passaram. Cientes que o bloqueio da rodovia irá durar por tempo indeterminado, motoristas que aguardavam na fila começaram a retornar e hoje o congestionamento não passa de um quilômetro.

No início do bloqueio, ontem pela manhã, o clima era tranquilo, porém, com o passar das horas a situação ficou tensa. Muitos motoristas ficaram sem água e comida e reclamaram pelo fato do protesto de uma minoria ser feito em uma rodovia (e não na Funai em Cuiabá) causando transtornos e prejuízos para a maioria.

Na página de Só Notícias, no Facebook, uma internauta diz que concorda "com o protesto, mas por que não vão protestar em frente aos órgãos públicos? Vão para Cuiabá, Brasília, o povo não tem que pagar mais essa conta do descaso dos governantes".

Alguns motoristas que conheceram a região conseguiram usar uma rota alternativa passando por rodovias estaduais de acesso aos municípios de Santa Helena, Marcelândia, Cláudia e chegando na BR-163. Mas muitos que não conhecem estão nas filas. Outros conseguiram voltar e esperam em postos. Hotéis em Santa Helena já estariam sem vagas.

A Funai está analisando as reivindicações e procurando atendê-las para que o grupo libere a rodovia. Eles reclamam obras de saneamento e postos de saúde inacabados, falta de remédios e profissionais, diminuição no número de viaturas, falta de infraestrutura nas bases de atendimento, ausência de combustíveis para carro, barco e avião, além de motores geradores e placas solares que utilizam para obter energia e conservar medicamentos e carência de horas de voo para urgências.

Outra reivindicação seria a exoneração da coordenadora distrital de Saúde Indígena, que está no comando há oito meses. Esta teria suspendido contratos e convênios supostamente superfaturados, além de ter demitido alguns indígenas envolvidos nesta situação.

A pista foi bloqueada, ontem, por volta das 8h40. Inicialmente seriam 60 indígenas que colocaram pedaços de madeira e pneus e atearam fogo. A polícia tem tentado manter os motoristas afastados do local do bloqueio para evitar discussões e possíveis embates, mas os caminhoneiros estariam tentando avançar sobre o bloqueio.





Fonte: Só Notícias

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