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Nacional
Sexta - 23 de Janeiro de 2015 às 23:48
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Ativista de biquíni participa de protesto (Foto: daniel silveira/g1)

Ativista de biquíni participa de protesto (Foto: Daniel Silveira/G1)

A manifestação no Centro do Rio, nesta sexta-feira (23) contra o aumento das tarifas de ônibus, que começou por volta das 18h30, foi em todo seu percurso liderada por uma manifestante que usava apenas biquíni e galochas.

À frente do cordão de policiais militares que acompanhava a passeata, ela desfilava e se dirigia aos PMs aos gritos de “Eu quero ver a ditadura”. Ela provocava os policiais com jatos de perfume e até beliscões nas suas faces. E acompanhou a passeata à frente dos PMs até o fim, por volta das 21h, quando os manifestantes começaram a se dispersar.

O tráfego foi interditado na Avenida Presidente Antônio Carlos por volta das 18h40. Os manifestantes, que se concentravam ao lado do Tribunal de Justiça, seguiram pela Rua Primeiro de Março e desistiram de continuar pela Avenida Presidente Vargas até a Central, como era o planejado, para marchar pela Avenida Rio Branco, que foi fechada ao tráfego por volta das 19h20.

Na C-nelândia, eles se dividiram em dois grupos: um ocupou as escadarias da Câmara dos Vereadores, e outro seguiu pela Rua Araújo Porto Alegre, pretendendo voltar ao Tribunal de Justiça. Depois de alguma hesitação, o grupo que estava na Cinelândia se juntou aos que resolveram voltar ao ponto de encontro do início da passeata.

Os manifestantes escolheram como ponto de encontro o Tribunal de Justiça, segundo explicaram, por causa do julgamento de ativistas presos nas manifestações violentas de 2014. Eles denunciavam perseguição do estado e cerceamento da liberdade de expressão e exigiam a libertação dos presos.

Este é o quarto ato desde o reajuste das passagens. A manifestação foi pacífica e teve entre seus integrantes o ativista José Maria Galiace de Oliveira, de 85 anos, que ajudava a segurar a faixa que abria a passeata.

"Eu vou morrer lutando", afirmou, contando ainda que participou de duas lutas armadas no país, viveu duas ditaduras e chegou a ter uma filha torturada pelo regime.

Os manifestantes declaravam que a luta não é pela simples redução do valor da passagem de ônibus, reajustada em R$ 0,40 no começo de janeiro, passando de R$ 3 para R$ 3,40.

"É para reduzir até zerar. Agora é o povo que vai mandar no transporte", informava o texto de convocação para o protesto, organizado pelo Movimento Passe Livre do Rio. O grupo defende a estatização do serviço de transportes e o passe livre para toda a população.

José Maria galiace de Oliveira, ativista de 85 anos (Foto: Daniel Silveira/G1)José Maria Galiace de Oliveira, ativista de 85 anos (Foto: Daniel Silveira/G1)

Ativista de biquíni anda à frente dos policiais (Foto: Daniel Silveira/G1)

De biquíni e galochas, a ativista anda à frente dos policiais (Foto: Daniel Silveira/G1)





Fonte: Do G1

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