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Gabriel Novis Neves
Sexta - 06 de Fevereiro de 2015 às 21:43
Por: Gabriel Novis Neves

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Muito mais dolorosas que as traições no campo afetivo- sexuais são as que ocorrem no Palácio do Planalto. 


Em reuniões às portas fechadas decide-se em meio a diversas baixarias os nomes para as presidências da Câmara e do Senado, cargos talvez mais ou tão influentes quanto o de Presidente da República.

Deles depende, inclusive, nesse momento crucial brasileiro, a abertura ou não de CPIs para constatação de irregularidades variadas no poder executivo.

Figurões da política mundial estão acostumados às traições que os próprios cargos condicionam e, durante a sua ascensão ao poder, vão se acostumando ao ato de trair e de serem traídos, fatos esses que já fazem parte do DNA da política.

Isso aqui entre nós, que costumamos desprezar as leis, assume ares de total desrespeito.

Fala-se de um ditado que diz que “primo e pombo” são os dois “Ps” que sujam uma casa. Só não incluíram os maus políticos, com certeza os mais danosos.

Não por acaso que nas últimas décadas a população de diversos países está se tornando cada vez mais anárquica, tudo em função da forma como são governados – cada vez menos ética.

Falando da dificuldade em criar filhos, costumávamos dizer que eles não vinham com bula, mas que seus pais, sim, vinham com um roteiro.

Atualmente nem com isso podemos contar, uma vez que os pais também estão perdidos nesse manancial de condutas irreverentes que nos cercam.

Segundo comentaristas políticos - frequentadores obrigatórios do meio - nada mudou no cenário brasileiro, e o “toma lá dá cá” continua o grande lema.

Enquanto isso, a população como um todo, aturdida, blindada no sentido de qualquer revide, caminha atônita, deprimida, torcendo apenas para o que está ruim ainda não se torne pior.

Afinal, “que país é esse”? Já questionava uma famosa letra de música por todos reverenciada há alguns anos atrás.

A vida seguiu, as pessoas foram ficando cada vez mais inseguras, a corrupção maior e mais visível e a mesma pergunta continua sendo feita, só que não sabemos mais a quem...

Não mostrar a cara nem o grau de afundamento em que nos encontramos parece ser a grande traição política ao povo brasileiro, no mínimo, sedento de transparência.



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